Os Capacetes Azuis das Nações Unidas, sediados em Ansongo, na região de Gao, no Mali, enfrentam uma situação de segurança tensa. O acampamento já foi alvo de ataques que vitimaram três pessoas em abril passado. Os ataques continuam agora numa zona onde os grupos armados circulam, atacando tanto veículos civis como militares. Recentemente, alusões a assassinatos neste sector, foram retomados pela imprensa maliana.
De acordo com os habitantes da região, seis pessoas, entre as quais um imã, terão sido mortas nos últimos dias na localidade de Inekar, situada entre Ansongo e Ménaka. Segundo as acusações, terão sido terroristas islamitas a cometerem estes assassinatos contra pessoas supostas de colaborar com os ex-rebeldes da CMA e com as autoridades internacionais presentes no Mali. Outras fontes mencionam sobretudo confrontos entre facções tuaregues rivais.
No entanto, o tenente-coronel Souleymane Moussa, que comanda o batalhão nigeriano colocado em Ansongo e Ménaka, desmente as acusações de execuções. «Enviamos uma missão ao sector em questão para investigações. É mais uma intoxicação, da qual nos foram dadas informações claras e precisas. O ramo civil e militar da Minusma assim como as autoridades administrativas da região estão no caminho para encontrar uma solução para esta intoxicação”.