O desaparecimento de armas de guerra tem acontecido no exército desde há algum tempo, confirmaram fontes da segurança maliana, mas o caso ocorrido na Guarda Nacional levou a hierarquia militar a ponderar sobre a suspensão do Chefe do Estado-maior, o coronel Staff Zoumana Diawara.
De acordo com fontes próximas ligadas ao processo, um grande número de espingardas semi-automáticas e metralhadoras Kalashnikov, foram roubadas dos depósitos de armazenamento de armas da Guarda Nacional. Não foi referido o número de armas desaparecidas, mas a fonte adiantou que também faltam armas de guerra nos armazéns do Comissariado do exército.
Uma investigação foi aberta para apurar sobre as condições e os autores do roubo, mas também recuperar as armas roubadas, os investigadores suspeitam de um tráfico de armas com combatentes de grupos armados.
No quadro da aplicação do Acordo de paz e reconciliação, muitos procuram adquirir armas para se apresentarem como combatentes e beneficiarem do programa de integração nos diferentes ramos das forças armadas e de segurança. Para ser considerado combatente, têm que possuir pelo menos uma arma de guerra.
Esta estratégia provocou um aumento considerável do tráfico de armas em termos nacionais, e alguns soldados não hesitam a roubar e vender armas. Dada a escala de perdas nos arsenais, a hierarquia militar ordenou que todas as unidades de fizessem um inventário nos seus depósitos de armazenamento de armas.