As autoridades malianas garantem que nenhum acordo de readmissão foi assinado em relação aos seus nacionais em situação irregular nos países da União Europeia (UE).
Mesmo assim os protestos continuam. Uma concentração de jovens da cidade de Kayes está agendado para esta terça-feira, no oeste, enquanto o consulado de Paris foi ocupado durante algum tempo. É neste contexto que o presidente maliano Ibrahim Boubacar Keïta interviu.
Dirigindo-se aos malianos no Exterior, Ibrahim Boubacar Keïta: “Vocês contribuem grandemente para os esforços de desenvolvimento do nosso país”, disse, como se estivesse a falar diretamente para os que em França ocuparam o consulado de Mali em Paris. “Ouvi a vossa mensagem, senti as vossas frustrações, tirarei daí, muito em breve, todas as conclusões”.
O cônsul geral do Mali em Paris foi demitido, por alegadamente ter gerido mal a ocupação das instalações do consulado. Mas ainda são esperadas novas sanções a serem definidas pelo presidente maliano.
De referir que, se as autoridades do Mali dizem ter assinado uma declaração com a União Europeia, que de certa forma, é um acordo de readmissão dos migrantes ilegais do Mali na Europa. Mesmo nas fileiras do governo e do partido no poder, alguns reconhecem que ministros transmitiram mal a informação. Um assunto sensível, dado que os malianos no exterior, em situação legal ou não, contribuem significativamente para o desenvolvimento do seu país.