O primeiro-ministro António Costa declarou esta segunda-feira ser provável o prolongamento das medidas do estado de emergência e assumiu que o país vai “entrar no mês mais crítico desta pandemia”. O governante falava aos jornalistas na nova unidade de apoio hospitalar à pandemia da covid-19 da câmara e da universidade de Lisboa, na cidade universitária.
“Creio que, sem fazer futurologia, que o que é expectável é que, sabendo nós que temos tido sucesso felizmente em baixar o pico desta pandemia – ou seja, o momento em que o maior número de pessoas estará infetado -, mas ao mesmo tempo prolongando a duração desta pandemia, isto significa que vamos ter que prolongar também as medidas que têm vindo a ser adotadas, com estado de emergência ou sem estado de emergência“, disse o primeiro-ministro.
“O Presidente da República tomará esta semana a iniciativa de renovar ou não o estado de emergência, o Governo dará nessa altura a sua opinião ao Presidente da República, e haverá uma decisão da Assembleia da República“, explicou.
Relativamente aos testes que são feitos à população para detetar os casos de infeção e que começaram esta segunda-feira de forma intensiva nos lares. Costa sublinhou a importância de focar os recursos e o facto da “população mais vulnerável” ser precisamente a que tem mais de 65 anos.
O primeiro-ministro afirmou também que não está a ser equacionada requisição civil aos hospitais privados pelo simples facto de estar a existir “um espírito de cooperação nacional” entre estas instituições e a Direção-Geral de Saúde.