Segundo nota publicada na página da Procuradoria-Geral da República, o homem que no verão passado esfaqueou a companheira grávida, no Barreiro é acusado pelo Ministério Público (MP), dos crimes de homicídio qualificado e detenção de arma proibida.
O crime aconteceu em agosto de 2022, quando o arguido atacou com uma faca a sua companheira grávida desferindo vários golpes no pescoço e tórax, provocando a sua morte.
“O arguido agiu movido por sentimento de paranoia que naquele momento o levou a construir um cenário em que a vítima o tinha traído e que a criança não era seu filho. Além disso, o arguido achava que a ofendida o tinha envenenado ou queria envenenar, fazendo parte, à semelhança do resto da humanidade, de uma rede criminosa que o perseguia e que o queria matar”, pode ler-se na nota publicada na passada terça-feira.
O homem foi sujeito a uma perícia psiquiátrica durante a fase de inquérito, tendo-lhe sido diagnosticada esquizofrenia. Acrescentou ainda o MP que “Determinou-se que, no momento da prática dos factos, era incapaz de avaliar a ilicitude daqueles factos, razão pela qual foi considerado inimputável perigoso”.
O arguido continua a cumprir a medida de coação imposta de prisão preventiva, num hospital prisional.