Este investimento resulta de candidaturas que foram consideradas elegíveis e está agora a ser concretizado em vários setores de atividade.
Miguel Frasquilho fez ainda um balanço “positivo” da atividade da entidade a que preside e recordou que quando assumiu funções na AICEP em abril de 2014, também apresentou um plano estratégico para a agência, o qual será cumprido até final do mandato da atual administração, no final deste ano.
Do plano estratégico traçado, mais de metade já está implementado, sendo que o mesmo é flexível e adapta-se a novas realidades.
Por exemplo, “quando apresentámos o plano estratégico, em novembro de 2014, ainda não era conhecido que iriam existir os acordos que os Estados Unidos estabeleceriam quer com Cuba, quer com o Irão, e que permitiriam uma alteração forte de circunstâncias, favoráveis a estes dois países, que deixam antever possibilidades muito boas quer em termos comerciais, quer em termos de investimento”, disse o presidente da AICEP.
“Portanto, nós que não tínhamos previsto estar presentes nem em Cuba, nem no Irão, adaptámos o nosso plano estratégico para que assim acontecesse” e “já temos um recurso júnior em Cuba e tencionamos ainda durante o primeiro semestre deste ano abrir uma delegação em Teerão”, acrescentou.
Miguel Frasquilho afirmou que a AICEP já se encontra em todos os países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, que era um dos objetivos da agência.
A presença da AICEP nos Estados Unidos da América foi reforçada, com a abertura de uma delegação em São Francisco, um polo tecnológico mundial, com extrema importância em vésperas do evento Web Summit, conferência mundial que Lisboa vai organizar.
Relativamente à rede de FDA Scouts (especialistas em captação de investimento direto estrangeiro), que está prevista no plano estratégico, Miguel Frasquilho adiantou que a AICEP espera ter América do Norte, Europa ocidental e Ásia com profissionais no terreno até final de abril ou maio.
O presidente da AICEP destacou que toda a atividade que a agência tem vindo a desenvolver, quer em termos internos, quer em termos internacionais, onde a administração da entidade contacta os empresários portugueses, deixa “um grau de satisfação do dever cumprido”, que é corroborado pelos números que a agência tem alcançado no que toca à evolução das exportações e à evolução do investimento.
“Em 2015, tivemos o melhor ano de sempre em termos de valor das exportações. Atingimos, pela primeira vez, mais de 70 mil milhões de euros, aliás, mais de 72 mil milhões de euros”, afirmou, salientando que “é um resultado muito positivo”, já que as vendas ao exterior “atingiram 40,3% do produto interno bruto [PIB]”, afirmou Miguel Frasquilho.
No entanto a agência não se encontra totalmente satisfeita porque quando se compara a prestação de Portugal a países como a Holanda, Bélgica, Áustria ou Eslováquia, “em todos eles as exportações valem mais de 50% do produto [PIB], no mínimo”.
Frasquilho afirmou que “seria desejável” que as exportações portuguesas atingissem metade do PIB, “o mais rapidamente possível”, ou seja, será possível até 2020/2021 atingir-se os 50% do produto em matéria de exportações, se o dinamismo for mantido.
“Devemos sempre querer mais porque isso é sinónimo de que temos uma situação mais sustentável para melhor enfrentarmos crises e momentos menos bons da atividade económica”, concluiu Miguel Frasquilho.