Antes do final do ano, Portugal terá finalizado o pagamento da dívida ao Fundo Monetário Internacional (FMI). Serão 4.700 milhões de euros, de um total de 26.300 milhões concedidos em 2011 pela agência para salvar o país da falência. O anúncio foi feito pelo primeiro-ministro, António Costa, na última sessão de debate dos orçamentos para 2019, aprovado com os votos do partido socialista, do comunista e do Bloco de Esquerda e do deputado do PAN.
O reembolso total do empréstimo ocorre com anos de antecedência e graças a uma bonança económica, que se traduz em crescimento acima da média da UE (2,2% este ano) e desemprego de 6,6% em setembro, a menor taxa em 16 anos.
O pagamento ao FMI de 4.700 milhões de euros encerra um empréstimo de 26.300 milhões de euros que, em 2011, foram concedidos a uma taxa de juros de 5,8%. Graças à evolução da economia nacional e internacional, o Estado tem vindo a emitir dívidas com taxas de juros muito mais baixas, com as quais vem adiantando reembolsos. A emissão de dívida deste ano teve uma taxa de juros média de 1,9%.
A partir de agora, como anunciou o porta-voz do FMI, que está em Lisboa para o acompanhamento trimestral do plano de resgate, o relacionamento com a agência será o mesmo de qualquer país associado.