A Coligação C6, coligação portuguesa de Organizações Não Governamentais de Ambiente formada pelo GEOTA, FAPAS, LPN, Quercus, SPEA e WWF em Portugal, divulgou esta quinta-feira em comunicado, a avaliação feita à política de conservação da natureza por parte do Ministério do Ambiente de Portugal. A nota é de forma geral negativa.
Estas organizações consideram ser “muito negativa a gestão que o Ministro faz da política de conservação da natureza”, e defendem que se baseia “em ideias preconcebidas e em clara descriminação negativa da opinião, experiência e ponderação das organizações”.
Para ilustrar essa “má gestão” as organizações que compõem a C6 dão alguns exemplos de situações que expuseram mas foram ignoradas pelo Governo. Entre elas destacam-se a continuação do Plano Nacional de Barragens; os contratos de exploração de hidrocarbonetos na Costa Alentejana; a suspensão da caça à rola-brava; a nova lei para o lobo-ibérico que, considera a C6, é um retrocesso na conservação e proteção da espécie; a construção do aeroporto do Montijo, local de impacto significativo sobre as aves e a natureza; e a recente retirada da queixa à Comissão Europeia referente à central de resíduos nucleares de Almaraz.
Por outro lado, destacam como positiva a Estratégia Nacional para a Educação Ambiental, o fim dos contratos de prospeção e exploração de petróleo no Algarve e a desaprovação do Parque Eólico da Torre de Moncorvo, que ameaçaria seriamente as aves planadoras daquela região.
A C6 foi criada em 2015, com o objetivo de atuar junto da sociedade civil e das instituições públicas e governamentais na defesa, proteção e valorização da natureza e da biodiversidade em Portugal.
Para 2017, a C6 revela ainda que vai organizar uma campanha de sensibilização e mobilização da opinião pública em defesa da natureza em Portugal, marcada para novembro.