O secretário regional dos Transportes dos Açores, Vítor Fraga, admitiu hoje a existência de “constrangimentos” à operação civil na base das Lajes e disse que o problema só se resolve com a assinatura de um protocolo com a Força Aérea.
O governante explicou que a resolução do problema passa por haver um protocolo efetivo de utilização civil da base das Lajes, na ilha Terceira acrescentando que isso depende, no entanto, do Ministério da Defesa Nacional e da Força Aérea.
O governante falava na Assembleia Legislativa dos Açores, na Horta, ilha do Faial, durante uma sessão de perguntas, da autoria do CDS-PP, que acusou o comandante português na base das Lajes de “teimosia e prepotência”.
“Não podemos é tolerar abusos e o senhor comandante e a Força Aérea Portuguesa abusam da nossa bondade e isso chama-se teimosia e prepotência, e o senhor tem de combater isso”, apontou Artur Lima, dirigindo-se a Vítor Fraga.
Os constrangimentos verificados na operação civil na base das Lajes, são aviões parados na pista à espera de espaço para estacionar e passageiros em trânsito obrigados a sair do avião, entre outras exigências.
Durante o debate parlamentar, Aníbal Pires, do PCP, quis saber quanto dinheiro pagou a região para que as operadoras aéreas de baixo custo operassem para os Açores, mas o secretário regional do Turismo e Transportes garantiu que “não pagou nada”, nem pretende pagar.
Depois de alguma insistência da oposição, Vítor Fraga acabou por admitir que a região assinou um protocolo de promoção turística com a Ryanair que não está diretamente ligado à operação que a transportadora faz para Ponta Delgada, na ilha de São Miguel.
“Existe um contrato estabelecido com a companhia Ryanair para uma campanha promocional no Reino Unido, para a promoção da rota de Londres para Ponta Delgada e é um contrato num montante, se não me engano, de 98 mil euros”, explicou o secretário dos Transportes.