O Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal (Sindepor) anunciou esta quinta-feira uma greve geral a partir de terça-feira e até dia 5, que deverá coincidir com a paralisação dos médicos marcada para os dias 2 e 3 de julho.
Depois de se ter reunido com a ministra da Saúde na quarta-feira, o Sindepor considera que apesar da abertura da tutela, os maiores problemas do setor continuam por resolver e apelou a todos os enfermeiros, bem como das restantes estruturas sindicais, para que apoiem esta paralisação, que vai decorrer entre os dias 2 e 5 de julho.
Na reunião com a ministra Marta Temido foram debatidos o estabelecimento da nova quota de 620 enfermeiros especialistas em 2019, nos locais onde se verifique carência destes profissionais, a aplicação em julho da nova carreira aprovada em maio, a avaliação de desempenho e a negociação no Acordo Coletivo de Trabalho.
Relativamente à quota de 25% para a carreira de especialistas, o sindicato manifestou-se preocupado e disse ter recebido da tutela a garantia de este ser “apenas um número de referência” e que as situações terão de ser avaliadas “caso a caso”, com abertura do Governo para “ajustes pontuais”.
O Sindepor manifestou-se também insatisfeito com a nova carreira e apresentou ainda as suas preocupações com a transição destes profissionais. Quanto a esta matéria, a estrutura sindical diz que a tutela garantiu o “respeito pelo despacho de 2018 de descongelamento das carreiras antes da inclusão na atual”.
O sindicato considerou assim que os problemas maiores se mantinham e, por isso, avançou para uma greve na próxima semana.