Considerando que o PAIGC, e o seu presidente Domingos Simões Pereira, “põe em causa o normal funcionamento das instituições da República, consubstanciada nas declarações públicas de desacato e não reconhecimento da legitimidade e autoridade” do novo Presidente da República, que foi empossado esta quinta-feira numa unidade hoteleira de Bissau, Umaro Sissoco Embaló, no seu primeiro decreto, exonerou o primeiro-ministro Aristides Gomes.
No decreto, Sissoco Embaló acusa Aristides Gomes de “actuação grave e inapropriada” quando convocou o corpo diplomático acreditado no país e o induziu a “não comparecer à tomada de posse”, mas também por ter apelado “à guerra e sublevação em caso da investidura do Chefe de Estado, que considera ‘um golpe de Estado’”.
Pouco antes da divulgação pública do Decreto de Sissoco Embaló, militares ocuparam o Palácio do Governo e da Justiça assim como formaram um perímetro de segurança em torno destes edifícios.
A decisão de Umaro Sissoco Embaló já estava prevista, mas foi antecipada com a possibilidade de o PAIGC forçar Cipriano Cassamá, presidente da Assembleia Nacional Popular (ANP), a tomar posse como Presidente Interino provocando uma bicefalia na presidência guineense.