O governo brasileiro informou que a Embaixada do Brasil em Kiev “permanece aberta e dedicada, com prioridade, desde o agravamento das tensões, à proteção dos cerca de 500 cidadãos brasileiros na Ucrânia” e que esta instancia diplomática “vem renovando o cadastro dos brasileiros e tem-lhes transmitido orientações, por meio de mensagens no seu site (kiev.itamaraty.gov.br), na sua página no Facebook (https://www.facebook.com/Brasil.Ukraine) e num grupo da aplicação Telegram (https://t.me/s/embaixadabrasilkiev)”.
“Solicita-se aos cidadãos brasileiros em território ucraniano, em particular aos que se encontrem no Leste do país e outras regiões em condições de conflito, que mantenham contato diário com a Embaixada. Caso necessitem de auxílio para deixar a Ucrânia, devem seguir as orientações da Embaixada e, no caso dos residentes no Leste, deslocar-se para Kiev assim que as condições de segurança o permitam”, sublinhou esta Embaixada, que disse que está a disponibilizar, “para casos de emergência consular de brasileiros na Ucrânia e seus familiares, o número de telefone de plantão consular +55 61 98260-0610”.
Em solo brasileiro, muitos cidadãos deste país já regressaram em voos fretados pelo governo.
Discurso “radical”
A nossa reportagem conversou com alguns ucranianos nas últimas semanas que vivem no Brasil. Recentemente, encontramos um cidadão ucraniano que reside há muitos anos no Rio de Janeiro e que, sem querer se identificar, e de forma agressiva, disse “apoiar as ofensivas da Rússia sobre a Ucrânia”.
“Riscos” para o agronegócio brasileiro
Em nota enviada à nossa redação, a Associação Nacional para a Difusão de Adubos (ANDA) do Brasil lamentou o ataque da Rússia à Ucrânia e esclareceu que “ainda é cedo para analisar os impactos para o setor e para toda a cadeia alimentar diante das sanções internacionais”.
“A ANDA, neste momento, dedica a sua atenção ao possível risco de oferta de insumos para a produção de fertilizantes e impactos na cadeia de suprimentos internacionais, inclusive no Brasil, disse a Associação, que enfatizou “que acompanha e promove diálogos sobre o cenário geopolítico com os seus associados, setor agrícola, indústria, sociedade civil e, principalmente, o governo. Lembra que visita autoridades federais e formaliza uma série de sugestões para amenizar possíveis impactos ao setor, buscando manter o abastecimento dos fertilizantes, fundamentais para o agronegócio brasileiro”.
Neste mesmo documento, a ANDA diz “reconhecer os esforços do governo para atenuar gargalos” e garante que “acredita na diplomacia brasileira”.
“A entidade seguirá monitorizando, para avaliar quais serão os resultados concretos para o setor, buscando criar a melhores alternativas para se manter o abastecimento”, finalizou a ANDA.
Ígor Lopes