As fortes chuvas registadas durante o fim de semana na província angolana de Benguela causaram a morte de duas crianças. Já na semana passada, este local sofreu o mesmo fenómeno, que terá estado na origem da morte de 16 outras pessoas.
Além dos dois óbitos, um balanço feito pelo serviço de proteção civil e pelos bombeiros locais registou 12 feridos, 70 casas desabadas e outras 14 inundadas, bem como dez quedas de árvores e duas viaturas parcialmente danificadas.
A ministra da Saúde de Angola, Sílvia Lutucuta, admitiu, entretanto, que as chuvas abundantes que caem sobre Benguela podem originar “novos casos de malária”, mas garantiu que a “situação sanitária está controlada”.
“Do ponto de vista da saúde em Benguela e da assistência médica e medicamentosa, estamos a cumprir o nosso papel, e em termos de saúde a situação está controlada. Acreditamos que tenhamos mais casos de malária”, declarou à imprensa a representante do Governo esta segunda-feira, 25 de março, em Luanda.
Quando questionada sobre o apoio que está a ser prestado às populações afetadas pelas chuvas, informou que o setor “respondeu prontamente”.
No que diz respeito à ajuda humanitária, médica e medicamentosa que Angola está a prestar a Moçambique devido ao ciclone Idai, “quando em Benguela se alegam carências”, a ministra disse tratar-se de “situações distintas”. “Em Benguela, ao contrário de Moçambique, nós ainda conseguimos ter as nossas unidades sanitárias preservadas, não foram afetadas minimamente, uma inundação, mas não foi uma situação tão dramática como em Moçambique”, explicou.
Sílvia Lutucuta garantiu ainda que “havia meios e recursos para tratamento dos doentes” na província angolana. “Mesmo assim, enviámos dois contentores com bastantes medicamentos e com material gastável e fomos os primeiros a chegar a Benguela”, salientou.
“O setor da saúde foi o primeiro a chegar a Benguela com meios necessários e recursos humanos, equipas técnicas especiais para o combate às catástrofes. Tão logo tivemos conhecimento da situação interagimos com as autoridades locais sobre a situação”, reforçou.