O ministro das Relações Exteriores, Teté António, afirmou esta segunda-feira, em Luanda, que foi graças a uma diplomacia de coragem e convicção que o mundo reconheceu o nascimento de Angola como Estado soberano a 11 de novembro de 1975.
O chefe da diplomacia angolana falava na abertura da Conferência sobre o Papel da Diplomacia Angolana, que decorre na Tenda da Marginal de Luanda, onde destacou que o país enfrentou “desafios complexos que exigiram sabedoria política e destreza diplomática” para garantir a soberania nacional e conquistar o reconhecimento internacional.
Teté António recordou que Angola “soube abrir caminhos, normalizar relações com vizinhos e afirmar-se como ator regional e global”, sublinhando o papel decisivo do país na libertação da Namíbia e no fim do apartheid na África do Sul, impulsionado pela vitória em Cuito Cuanavale, que contribuiu para a libertação de Nelson Mandela e o advento da democracia sul-africana em 1994.
O ministro destacou ainda o contributo de várias gerações de diplomatas — desde ministros a funcionários administrativos — que, ao longo de cinco décadas, ajudaram a construir a diplomacia angolana com sacrifício e patriotismo.
“Cada um, no seu tempo, contribuiu para que Angola ocupasse o lugar que hoje detém no mundo”, afirmou, apelando às novas gerações para que preservem o legado de coragem, profissionalismo e humildade.