O Presidente da República de Cabo Verde, José Maria Neves, reuniu-se esta semana com Albino Jopela, Diretor Executivo do Fundo Africano do Património Mundial (AWHF), para avaliar os avanços da candidatura do antigo Campo de Concentração do Tarrafal à Lista do Património Mundial da UNESCO.
Durante o encontro, foram discutidas as conclusões preliminares do recente Atelier Técnico e os preparativos para um evento de sensibilização que Neves irá liderar na próxima Cimeira da União Africana, em fevereiro, na qualidade de Champion para a Preservação do Património Natural e Cultural de África.
Jopela destacou a importância histórica e simbólica do Campo do Tarrafal — conhecido como “Campo da Morte Lenta” — defendendo que a sua inscrição na UNESCO representaria um marco crucial para a preservação da memória africana de resistência e liberdade. O responsável do AWHF elogiou ainda o empenho de José Maria Neves na mobilização de líderes africanos e parceiros internacionais, bem como na defesa de instrumentos legais e de investimentos que reforcem a salvaguarda do património continental.
Durante o encontro, foram igualmente enaltecidas as iniciativas do Chefe de Estado cabo-verdiano para chamar atenção aos chamados “patrimónios esquecidos” ou “silenciados”, incluindo as suas visitas ao Campo do Tarrafal, à Igreja de São João Batista e ao antigo espaço da Hidrobase da Aéropostale, na Ribeira Grande de Santiago. A nível internacional, foi recordada a sua intervenção em vídeo na Conferência Internacional sobre o Património Esquecido, realizada em Nairobi.
O reconhecimento internacional do compromisso do Presidente com a preservação da memória africana foi reforçado pela sua recente nomeação como Patrono da História Geral de África pela UNESCO, sublinhando o papel estratégico que desempenha na valorização e proteção do património e da identidade do continente.
