São esperadas mais de cinco mil pessoas esta sexta-feira, na vila de Marracuene, para assinalar os 123 anos do “Gwaza Muthini” ou “Combate de Macarruene”, que aconteceu a 2 de fevereiro de 1895, avança o portal do Governo de Moçambique. As cerimónias da efeméride incluem o ritual “kuphahla”, a evocação dos espíritos dos antepassados, seguidas de uma deposição de flores junto ao monumento aos guerreiros e a entoação do Hino Nacional, adianta o portal do Governo.
A Batalha de Marracuene evoca a resistência anti-colonial que opôs guerreiros comandados por Nwamatibyana, Zihlahla, Mahazule, Mulungu e Mavzaya ao exército colonial português, em 1895. E a página do Governo explica que “a força portuguesa, comandada pelo major José Ribeiro Júnior e tendo como segundo-comandante o major Alfredo Augusto Caldas Xavier, avança para Marracuene, na margem direita do rio Incomáti. Devido a doença do major José Ribeiro Júnior, a força passa a ser efetivamente comandada pelo major Caldas Xavier, o qual foi o responsável quase único pela condução das operações.Ao aproximarem-se do local, as forças militares portuguesas entrincheiraram-se num quadrado militar e prepararam-se para o combate. O confronto dá-se na madrugada de 2 de fevereiro de 1895. A força portuguesa, disposta em quadrado, vale-se do poder dos canhões e metralhadoras e consegue rechaçar os assaltos das forças “ronga”, que por duas vezes romperam o quadrado, com enorme bravura de ambos os lados“, lê-se no comunicado do Governo.
A celebração deste combate por parte de Moçambique começou anos mais tarde, em 1974. Esta data tem sido associada nos últimos anos ao “Festival Marrabenta” e a outras actividades culturais que terão como o ponto mais alto um espectáculo musical denominado “Festival Marrabenta Gwaza Muthini”.
