A Administração Regional de Águas do Sul (ARA-Sul), em Moçambique, lançou alerta que a partir de 15 de fevereiro vai incrementar as descargas através da abertura das comportas das barragens de Corrumana e Massingir dos 200 para 500 milímetros por segundo.
Esta situação é provocada pelas chuvas que continuam a cair nos países vizinhos nomeadamente Zâmbia, África do Sul e Zimbabwe, que também abriram as comportas das barragens para descargas.
Os rios Incomati e Limpompo em Moçambique, mais concretamente na província de Gaza, desde última segunda-feira 13 de Fevereiro, têm aumentado significativamente os níveis, tendo superado os 8 metros, tornando-se uma ameaça de cheias para zona sul da província de Gaza e ao longo da Estrada Nacional Número Um (EN1).
Recorde-se que a EN1, no troço entre a localidade 3 de Fevereiro e o desvio para Vila de Xinavane, na Província de Maputo, está sob ameaça de corte, na sequência da subida do nível das águas na bacia do rio Incomáti. Esta secção esteve submersa durante várias horas na manhã da segunda-feira, 13 de fevereiro, situação que começou a normalizar-se no final do mesmo dia.
A ameaça levou o Ministro das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos, Carlos Mesquita, a visitar a área para avaliar os possíveis cenários e a provável solução. O governante interagiu com as equipas que no terreno e observou os principais pontos de passagem das águas, tendo no fim avançado que o Governo está em prontidão para prestar qualquer assistência em caso de corte.
“Já mobilizamos um empreiteiro que está em linha com a Administração Nacional de Estradas(ANE) para intervir em qualquer eventualidade nesta época chuvosa”, disse o ministro. Adiantou também que o Governo continuará a gerir as principais barragens em território nacional para evitar situações críticas relacionadas com inundações no país.
Relativamente às estradas cortadas devido a inundações na região da Cidade e provincia de Maputo, Mesquita afirmou que a instalação de pontes metálicas vai ocorrer em breve, assim que o fluxo das águas baixarem, para normalizar o tráfego enquanto se procura uma solução definitiva.
Aurelio Sambo – Correspondente