Os bairros da vila-sede de Mocimboa da praia, estão a ficar praticamente desertos nos últimos dias, após o ataque violento ocorrido na noite de 22 de setembro que resultou na morte de quatro pessoas, ferimentos graves a uma outra e três raptos.
Ao que se sabe, a crescente insegurança provocada pelo ataque está a gerar um movimento de fuga, em massa, das populações, que procuram refúgio em zonas consideradas mais seguras.
Famílias inteiras estão a abandonar as suas casas com o pouco que conseguem carregar, deixando para trás lavouras, bens e sobretudo as suas residências.
Relata-se momentos de pânico e desespero vividos durante o ataque e um suposto aviso sobre novo ataque no próximo dia 5 de outubro, como parte das motivações para o abandono da vila.
Contudo, o clima de medo e incerteza, está de facto a sentir-se, enquanto que no terreno estão as forças moçambicanas locais e ruandesas.
“As pessoas estão a sair sem saber para onde ir. Há muito medo e ninguém se sente seguro aqui”, afirmou um residente local.
Há informações de que para além da população, funcionários e agentes do Estado estão igualmente a abandonar a região para locais seguros.