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ONU estima em mil milhões de dólares destruição de infraestruturas em África após Idai

A passagem do ciclone Idai por Moçambique, Maláui, Madagáscar e Zimbabué terá destruído infraestruturas e recursos avaliados em mil milhões de dólares (883 milhões de euros), de acordo com as estimativas da Comissão Económica das Nações Unidas para África (ECA).

A informação foi divulgada pela secretária executiva da ECA, Vera Songwe, durante um painel sobre a relação entre as alterações climáticas e os orçamentos públicos para as economias resilientes em África, no âmbito da 52.ª sessão da Comissão Económica para África, a decorrer de 20 a 26 de março, em Marraquexe, Marrocos.

“Quando falamos sobre a nova economia climática é quase impossível não pensar no que está a acontecer no nosso continente agora. Provavelmente perdemos cerca de mil milhões de dólares em Moçambique, Zimbábue, Madagáscar e Maláui em recursos e infraestruturas, em particular o porto da Beira, porto de assinatura de Moçambique, que é essencialmente quase uma coisa do passado, por causa do ciclone Idai”, declarou.

A representante da ECA e também subsecretária-geral das Nações Unidas classificou a destruição causada pelo Idai como algo “devastador” e apelou para que o continente comece a priorizar “seriamente” a resposta de emergência e o planeamento para enfrentar desastres.

De acordo com Songwe, são muitos os países africanos que não se encontram preparados para responderem a desastres naturais. O motivo deve-se, principalmente, às baixas condições financeiras. “A resiliência climática é importante para a preparação para os desastres, mas também porque sabemos que teremos mais eventos extremos como estes”, alertou.

Recorde-se que o Idai causou, pelo menos, um total de 762 mortos nos países Moçambique, Zimbabué e Maláui, de acordo com os dados oficiais mais recentes. Em Moçambique, o número de mortos confirmados é de 447, tendo no Zimbabué sido contabilizados 259 óbitos e no Maláui registadas 56 vítimas mortais.

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