O embaixador dos EUA em Harare anunciou que se o Zimbábue demonstrar inabalável adesão à sua constituição de 2013 e implementar integralmente a Carta, as sanções dos Estados Unidos contra o país serão removidas.
“A pessoa comum no Zimbábue tem o direito de viver sem medo de abuso ou repressão e acho que aumentar o respeito pelos direitos humanos é uma grande prioridade para o meu governo”, disse o embaixador Brian Nichols na terça-feira.
“Se o Zimbábue, como nação, implementar integralmente a constituição de 2013, que resolverá a questão das sanções, e o governo já expressou o seu compromisso com as reformas, por isso, se isso for feito, isso resolverá a questão das sanções.”
Nichols também revelou que os EUA estavam dispostos a oferecer assistência técnica ao parlamento e a qualquer braço do governo no realinhamento de 27 leis à constituição.
Os EUA impuseram sanções ao Zimbábue em 2002 e 2003, alegando violações grosseiras dos direitos humanos, o enfraquecimento dos processos democráticos e da corrupção sob o então presidente Robert Mugabe.
O regime de sanções, conhecido como ZIDERA, tem sido regularmente renovado desde então com o governo Zanu PF, culpando-o pelos problemas económicos do Zimbábue.
Mugabe foi derrubado por um golpe militar em novembro passado e o novo governo liderado por Emmerson Mnangagwa esperava que as sanções fossem removidas, mas os EUA renovaram este ano.
“A ZIDERA foi alterada em 2018 e é um roteiro para reformas que muitas pessoas no Zimbábue pediram”, disse Nichols na terça-feira.
“(Estas) incluem o direito à liberdade de expressão, eleições democráticas, crescimento liderado pelo setor privado, a capacidade de comprar e vender terras – é disso que fala a ZIDERA e a responsabilidade por abusos de direitos humanos no passado”, referiu Nichols, salvaguardando que independentemente disso, os EUA continuarão a trabalhar em conjunto com o governo do Zimbábue.