A Casa Branca garantiu que o almirante Frank “Mitch” Bradley agiu “dentro da sua autoridade e da lei” ao ordenar um segundo ataque a um alegado barco de droga no Mar das Caraíbas, numa operação realizada em setembro e que tem sido alvo de forte escrutínio no Congresso norte-americano.
Segundo a porta-voz Karoline Leavitt, o secretário da Defesa, Pete Hegseth, autorizou a intervenção adicional para garantir a destruição completa da embarcação e eliminar uma “ameaça aos Estados Unidos”. A Casa Branca não contestou informações de que havia sobreviventes após o primeiro ataque. Donald Trump afirmou, entretanto, que “não teria desejado” um segundo bombardeamento.
O caso provocou reações bipartidárias. Vários legisladores pedem acesso às imagens e esclarecimentos detalhados sobre a legalidade da operação e sobre a estratégia militar na região, num momento em que Washington reforça a presença naval perto da Venezuela. Bradley, promovido semanas após o ataque, deverá prestar esclarecimentos confidenciais ao Congresso esta quinta-feira.
Enquanto isso, Nicolás Maduro acusou os EUA de manterem uma campanha de “pressão e agressão”, garantindo que o país está preparado para se defender.
O ataque de setembro integrou uma série de operações americanas no Caribe e no Pacífico Leste, que já resultaram em mais de 80 mortes.
