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EUA criam tecnologia que torna raios X coloridos e mais precisos

Cientistas dos Laboratórios Nacionais de Sandia, nos Estados Unidos, desenvolveram uma técnica inovadora que promete revolucionar a forma como utilizamos os raios X. Batizada de Imagem Hiperespectral Colorida de Raios X com Alvos Multimetálicos (CHXI MMT), a tecnologia transforma as tradicionais imagens a preto e branco em representações coloridas e de alta resolução, permitindo identificar materiais e microestruturas com muito mais detalhe.

O método recorre a alvos compostos por metais como tungsténio, molibdénio, ouro, samário e prata. Cada um deles emite uma “cor” específica de luz de raios X quando bombardeado por eletrões de alta energia. Combinando essa técnica com um detetor capaz de discriminar a energia de cada fotão, é possível mapear e caracterizar com grande precisão os elementos presentes numa amostra.

As aplicações são vastas: na medicina, pode ajudar na deteção precoce de doenças como o cancro, ao permitir visualizar microcalcificações associadas a tumores; na segurança, possibilita análises mais eficazes de bagagens e materiais suspeitos; e na indústria, permite realizar testes não destrutivos em componentes e estruturas complexas.

A inovação surge 130 anos depois da descoberta dos raios X por Wilhelm Rontgen, em 1895. Apesar das melhorias introduzidas ao longo das décadas, os princípios básicos da tecnologia mantiveram-se praticamente inalterados. A CHXI MMT representa agora um marco na evolução da imagiologia médica e científica, acrescentando cor e nitidez a uma ferramenta essencial do século XX que entra, assim, numa nova era.

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