No domingo, 17 de agosto de 2025, a Bolívia realizou eleições gerais para eleger presidente, vice-presidente e membros do Congresso. Como nenhum candidato obteve a maioria absoluta necessária para vencer no primeiro turno, será realizado um segundo turno presidencial em 19 de outubro.
Rodrigo Paz Pereira, do Partido Democrata Cristão, obteve 32,1% dos votos, enquanto Jorge “Tuto” Quiroga, da Aliança Livre, alcançou 27%. Samuel Doria Medina, da Unidade Nacional, ficou em terceiro lugar com 20% dos votos. O atual presidente Luis Arce, do Movimento ao Socialismo (MAS), não conseguiu eleger seu sucessor, refletindo a fragmentação interna do partido e a crescente insatisfação popular.
A eleição foi marcada por episódios de violência, incluindo uma explosão em um centro eleitoral em Cochabamba, onde votava o candidato de esquerda Andrónico Rodríguez. Apesar do incidente, a votação prosseguiu normalmente. Rodríguez, que também é líder cocaleiro, enfrentou críticas internas por sua candidatura independente, sem o apoio de Evo Morales, ex-presidente e figura influente.
O cenário eleitoral reflete uma mudança significativa no panorama político da Bolívia, com a ascensão de candidatos de direita após quase 20 anos de hegemonia do MAS. A crise económica, caracterizada por alta inflação e escassez de combustíveis, contribuiu para a perda de popularidade do atual governo e impulsionou a busca por alternativas políticas. O segundo turno será decisivo para determinar o futuro político do país.
