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China abdica do estatuto de país em desenvolvimento na OMC

A China anunciou que deixará de reivindicar o estatuto de país em desenvolvimento nas negociações e acordos da Organização Mundial do Comércio (OMC). A decisão, segundo Pequim, pretende dar novo fôlego ao sistema multilateral de comércio, numa altura em que crescem as tarifas alfandegárias e as políticas protecionistas em várias regiões do mundo.

Embora renuncie aos benefícios associados a esse estatuto — como prazos mais longos para liberalizar mercados ou regras menos rígidas na abertura comercial —, o governo chinês sublinhou que continuará a classificar-se como uma economia de rendimento médio e integrante do grupo dos países em desenvolvimento.

A OMC recebeu a decisão como um passo crucial para equilibrar o comércio global.
A mudança surge após anos de pressão, sobretudo por parte dos Estados Unidos, que sempre contestaram a manutenção desse estatuto para a segunda maior economia do planeta.

Para o Brasil, principal parceiro comercial da China, a decisão tem relevância estratégica. Brasília acompanha de perto o impacto que esta alteração poderá ter em futuras negociações multilaterais, nomeadamente em áreas como agricultura, subsídios e barreiras tarifárias — temas sensíveis para o agronegócio brasileiro.

O novo posicionamento chinês deverá começar a refletir-se nas próximas rondas de negociações da OMC, podendo alterar a dinâmica entre países desenvolvidos e emergentes e influenciar a definição das regras que regerão o comércio internacional nos próximos anos.

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