O comércio entre a China e a Rússia deverá continuar a crescer nos próximos anos, impulsionado pela possibilidade de aprofundar a cooperação em áreas como energias verdes, desenvolvimento de infraestruturas, logística e indústria transformadora avançada, segundo analistas e exportadores.
A procura crescente por equipamentos de construção, soluções de transporte e tecnologias de energia limpa, aliada à melhoria das medidas de facilitação do comércio, está a criar novas oportunidades para empresas de ambos os países. Neste contexto, realiza-se até quinta-feira, em Ecaterimburgo, a nona edição da Expo China-Rússia, que conta com cinco áreas temáticas e mais de 300 empresas chinesas a apresentar produtos nos setores da maquinaria eletromecânica, agricultura, saúde, economia digital e novas energias.
Apesar de o comércio bilateral ter sido historicamente dominado por energia, mineração e recursos naturais, especialistas apontam espaço significativo para diversificação. Em 2024, as trocas comerciais atingiram 244,8 mil milhões de dólares, um aumento de 1,9% face ao ano anterior. Empresas chinesas têm vindo a adaptar os seus produtos às necessidades do mercado russo, como a Ningbo Partner Electronics, que desenvolveu sistemas de iluminação resistentes a baixas temperaturas e flutuações de tensão, e a Qingdao Xingbang Electric Appliance, que criou fogões híbridos a gás e eletricidade para responder às especificidades energéticas da Rússia.
