De acordo com o diário italiano Corriere della Sera, o ministro do interior italiano reuniu-se na manhã desta terça-feira com o primeiro-ministro demissionário, Matteo Renzi, para preparar o cenário de eleições antecipadas, após a derrota eleitoral do último domingo, as quais, segundo o jornal, deverão ter lugar já em janeiro ou fevereiro do próximo ano.
O jornal La Repubblica na sua edição on-line escreve também que Matteo Renzi deverá permanecer à frente do governo italiano apenas mais algumas semanas, preferindo antecipar as eleições para o início do próximo ano em vez de se manter como primeiro-ministro até 23 maio, data inicialmente apontada para a realização do ato eleitoral.
Contudo, segundo o jornal britânico ‘The Guardian’, o presidente Sergio Mattarella é favorável à adopção de alterações à lei eleitoral que torne mais difícil a vitória do líder populista Beppe Grillo e do seu partido ‘Movimento 5 Estrelas’ (M5S) antes de convocar novo ato eleitoral.
O atual parlamento, que sustenta o governo de Matteo Renzi, do Partido Democrático, tem condições para aprovar a referida reforma eleitoral, mas não é claro até que ponto o Partido Democrático no poder esteja disposto a arcar com o ónus de uma reforma eleitoral com a sua legitimidade profundamente diminuída em resultado da derrota eleitoral no referendo à Constituição.
Em qualquer caso, a decisão sobre a convocação de eleições compete ao presidente da República.