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Von der Leyen defende paz “justa e duradoura” e garante apoio total da UE à Ucrânia

A Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou esta terça-feira, no Parlamento Europeu, que a União Europeia “estará com a Ucrânia em cada passo do caminho”, defendendo que qualquer acordo de paz deve ser “justo, duradouro e garantir a segurança europeia”.

Von der Leyen abriu o debate recordando o recente ataque russo contra Ternopil, no oeste da Ucrânia, onde dezenas de civis, incluindo crianças, morreram, sublinhando que este é o “dia a dia” de uma guerra que já dura há mais de três anos e meio.

A responsável europeia destacou que Moscovo continua a agir segundo “um guião imutável”, acreditando que pode desgastar Kyiv e o apoio ocidental. Alertou que, para o Kremlin, um eventual acordo faria parte de um projeto mais amplo de reconfiguração de fronteiras e esferas de influência, enquanto para a Europa e para a Ucrânia o objetivo é a construção de uma paz que impeça novos conflitos e garanta uma arquitetura de segurança robusta, ancorada numa União Europeia, numa NATO e numa parceria transatlântica fortes.

Von der Leyen afirmou que a UE apoia os esforços diplomáticos em curso, incluindo os impulsionados pelos Estados Unidos, e definiu cinco prioridades europeias: garantir uma paz justa, assegurar a soberania e integridade territorial da Ucrânia, garantir financiamento estável para apoiar a defesa e reconstrução, assegurar que a implementação de qualquer acordo inclui UE e NATO como atores centrais, e lutar pelo retorno das crianças ucranianas deportadas pela Rússia.

A Presidente da Comissão insistiu que os contribuintes europeus “não podem ser os únicos” a suportar os custos da guerra e da reconstrução, defendendo o avanço de opções legais para utilizar ativos russos imobilizados. Concluiu com um apelo à continuação da pressão sobre Moscovo e ao envolvimento em todas as iniciativas que possam abrir caminho à paz. “Temos de encontrar uma forma de parar a morte, de reconstruir a Ucrânia e de garantir segurança duradoura para o nosso continente. Longa vida à Europa”, disse.

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