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Putin decide retirar as tropas russas da Síria

A partir desta terça-feira a ”maior parte” tropas russas vão começar a retirar da Síria, anunciou Vladimir Putin durante um encontro no Kremlin com o ministro da Defesa russo Sergueï Shoïgu. Para Putin os militares russos concluíram a sua missão invertendo a tendência na luta contra terrorista.

Segundo Shoïgu as missões militares russas conseguiram neutralizar a principal via de tráfico de petróleo entre a Síria e a Turquia privando assim o Estado Islâmico da sua principal fonte de receitas. Como balanço o ministro da Defesa russo referiu ainda que durante os bombardeamentos aéreos mais de dois mil jihadistas russos foram mortos, dos quais 17 chefes de guerra.

Respondendo ao pedido de Bashar al-Assad, a Rússia iniciou no final de setembro de 2015 um conjunto de operações aéreas na Síria contra o Estado Islâmico e particularmente contra os movimentos armados de oposição ao regime de Damasco.

Esta decisão de Moscovo terá sido coordenada com Damasco e Teerão e a Rússia manterá as suas bases naval e aérea na província de Latakia em plena operacionalidade.

As primeiras reações dos analistas a este anúncio de Putin tendem a atribuir-lhe um cunho político, tendente a enquadrar a posição negocial do seu aliado Assad nas negociações de paz que decorrem atualmente em Genebra, na Suíça, mais do que a sublinhar o impacto que esta decisão possa ter na evolução militar do conflito.

A oposição síria, pelo seu lado, rejubila com o anúncio da retirada russa, reclamando vitória.

Alguns analistas consideram que esta decisão de Putin visa flexibilizar a posição de Bahar ao Assad na mesa das negociações, levando-o a aceitar a partilha do território com as facções envolvidas.

 

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