O diretor da agência de inteligência australiana, Mike Burgess, denunciou que grupos de hackers ligados ao governo chinês têm tentado infiltrar-se em infraestruturas essenciais do país, incluindo redes de energia, água, transportes e telecomunicações. Segundo o responsável, alguns ataques já conseguiram aceder a partes sensíveis destes sistemas, colocando em risco a segurança nacional e o funcionamento de serviços fundamentais.
Entre os grupos identificados está o Volt Typhoon, apontado por Austrália e Estados Unidos como responsável por infiltrações persistentes em sistemas de energia e comunicações, com o objetivo de criar brechas para eventuais operações de sabotagem.
Washington alerta há anos que este grupo instala malware que pode ser ativado em cenários de maior tensão geopolítica, nomeadamente no contexto de Taiwan.
Outro coletivo, o Salt Typhoon, tem como alvo empresas de telecomunicações e fornecedores de serviços na nuvem. De acordo com o FBI, já foram comprometidas mais de 200 empresas em vários países, permitindo o acesso a registos de chamadas e dados sensíveis. As autoridades norte-americanas aconselham o uso de aplicações com encriptação de ponta a ponta para reforçar a privacidade.
Austrália, Estados Unidos e Canadá afirmam ter sido afetados por estas operações, olhando para elas como parte de um esforço de espionagem e preparação de ataques cibernéticos contra infraestruturas críticas. A China rejeita todas as acusações.
