Cerca de 20 cidadãos angolanos manifestaram-se neste domingo, 13 de dezembro, junto à Embaixada de Angola em Paris. O motivo deveu-se à morte do manifestante Inocêncio Matos, além do protesto ter servido para criticar igualmente a atual situação económica angolana e pedir o direito de voto para a diáspora.
Um dos manifestantes afirmou que a solidariedade manifestada se dirigia aos cidadãos angolanos que habitavam no país africano, entre os quais os seus familiares.
Isto porque também a diáspora tem sentido a “desgovernação”, referiu, uma vez que entes próximos continuam a pedir ajuda financeira por não terem emprego, o que pesa igualmente nas vidas dos emigrantes. Muitos deles têm sido assim o sustento das suas famílias.
Nas bandeiras e nos cartazes usados no protesto, realizado na Avenida Foch, estavam mensagens relacionadas com a situação económica no país, como a falta de emprego, os afeta diretamente já que nos últimos anos se tornaram o sustento das suas famílias na terra natal.
Recorde-se que a repressão policial das manifestações de 24 de outubro e 11 de novembro em Luanda levou à morte de Inocêncio Matos, um jovem de 26 anos. O incidente foi também contestado em Paris. Um dos manifestantes disse que o povo não iria aceitar por muito mais tempo a “repressão” a que tem sido sujeito há vários anos.
A comunidade angolana em França tem cerca de 50 mil pessoas registadas no Consulado de Angola em Paris.
Os angolanos residentes no estrangeiro lançaram recentemente uma petição para exigir o direito de voto nas eleições autárquicas, ainda sem data prevista, e nas eleições gerais, agendadas para 2022.