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Angola: Pobreza no país afeta principalmente agregados com mais de sete membros

O Relatório de Pobreza para Angola 2020: Inquérito sobre Despesas e Receitas (IDR – 2018/2019) indica que a miséria aumenta cinco vezes mais nos agregados que têm sete ou mais membros, quando comparado com famílias constituídas por uma ou duas pessoas.

O documento, que se foca mais na Pobreza Monetária, foi realizado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) e refere a composição do agregado como determinante da pobreza. De acordo com os resultados, a incidência da pobreza no país é de 41%, com os agregados que têm um maior número de crianças dependentes a serem, “em geral, mais pobres”.

Já os agregados sem crianças dependentes são menos pobres (17%), enquanto os agregados com três ou mais crianças refletem 48% dos pobres. Em agregados com uma criança a incidência da pobreza é de 20,4% e em agregados com duas crianças apresentam incidência de 28,1%, é ainda referido.

“A incidência da pobreza aumenta significativamente entre a população residente quanto maior for o número de membros no agregado, a pobreza aumenta cinco vezes mais em agregados com sete ou mais membros, comparado com agregados com um ou dois membros”, pode ler-se.

É também mencionado que a atividade e ocupação do chefe do agregado estão associados à condição de pobreza e a pobreza é maior entre a população que vive em agregados cujo chefe se encontra desempregado (43%).

Quanto à ocupação do chefe do agregado familiar, a incidência da pobreza é maior entre os que trabalham por conta própria (51%) em relação aos que trabalham por conta de outrem (27%).

Entre os chefes assalariados, indica o documento, os que trabalham no setor público e privado “vivem situações de pobreza consideravelmente menores em comparação com os que trabalham por conta própria”.

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