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Guiné-Bissau: PRS alerta para conspiração e risco de adiamento das eleições

Guiné-Bissau PRS

O Partido da Renovação Social (PRS), fação de Fernando Dias, denunciou esta segunda-feira, 27 de outubro, a existência de um plano destinado a introduzir armas de fogo nas residências de dirigentes da oposição, com o intuito de fabricar acusações falsas e justificar o eventual adiamento das eleições gerais, previstas para 23 de novembro de 2025.

Num comunicado divulgado pelo Secretariado Nacional para Comunicação, Informação, Imagem, Marketing e Relações Públicas, os “Renovadores” afirmam estar “atentos às manobras políticas” e consideram “injusta e infundada” a exclusão de diversas candidaturas e coligações da oposição do atual processo eleitoral.

O documento, a que o e-Global teve acesso, denuncia alegados preparativos para “introdução de armas nas casas de Fernando Dias, Domingos Simões Pereira, Mário Fambé, Geraldo Martins e Victor Mandinga (Nado), bem como nas sedes do PRS e do PAIGC, com o objetivo de inventar acusações e adiar as eleições para o mês de maio”.

A fação do partido fiel Fernando Dias, que é também candidato às eleições presidenciais de novembro, sublinha que “como se os crimes por eles praticados e publicamente confessados não bastassem, agora optam por uma tática maquiavélica, perigosa e cuja inexequibilidade só eles não conseguem perceber”.

O comunicado acrescenta que este alegado plano teria como propósito “adiar eleições que eles próprios arrastaram a este momento em que, por lei, se vê ultrapassado todo o tempo previsto, e sem se lembrarem que falaram tanto na inadiabilidade do processo nos órgãos de comunicação e nas redes sociais”.

Fernando Dias, que concorre à Presidência da República defende uma reforma do sistema judicial, a descentralização administrativa e o combate à corrupção, tem vindo a posicionar-se como uma das principais vozes críticas do atual regime. O candidato garante que “a máquina do PRS está no terreno, pronta a legitimamente se proteger e defender”.

A denúncia surge num clima político tenso, marcado por acusações mútuas entre partidos e pelo descontentamento crescente da oposição com as decisões do Supremo Tribunal de Justiça, que excluiu várias coligações e candidatos do processo eleitoral, com destaque para Domingos Simões Pereira apontado como o principal adversário do presidente cessante Umaro Sissoco Embaló.

Até ao momento, as autoridades judiciais e governamentais não reagiram oficialmente às acusações do PRS.

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