As emissões globais de combustíveis fósseis devem atingir um máximo histórico em 2025, indica o novo Relatório Global do Orçamento de Carbono. A equipa internacional de cientistas conclui que o orçamento de carbono ainda disponível para limitar o aquecimento global a 1,5 °C “está praticamente esgotado”, podendo desaparecer antes de 2030 se as emissões continuarem ao ritmo atual.
O estudo aponta um aumento de 1,1% nas emissões de carvão, petróleo e gás, impulsionado pelo crescimento da procura de energia. Os investigadores alertam que as alterações climáticas já estão a enfraquecer a capacidade das florestas e oceanos para absorver CO₂.
As tendências variam por região: a UE deverá aumentar as emissões em 0,4%, os EUA em 1,9%, enquanto a China estabiliza e regista uma subida moderada de 0,4%. Na Índia prevê-se um aumento de 1,4% e no Japão uma redução de 2,2%.
O relatório destaca ainda a queda da desflorestação na Amazónia, mas avisa que os avanços globais continuam insuficientes para travar o aquecimento, reforçando a necessidade de cortes rápidos e duradouros nas emissões.
