O fado, uma das manifestações mais representativas da cultura portuguesa, será celebrado em Cabo Verde na 15ª edição do Festival Fado — “100 anos Carlos Paredes”, entre os dias 11 e 13 de setembro, no Auditório Nacional Jorge Barbosa, na cidade da Praia. O evento homenageia o centenário de Carlos Paredes (1924–2004), um dos guitarristas mais influentes do século XX.
Pela primeira vez, o festival será realizado nesse país africano. A comissão organizadora o descreve como “uma viagem pela alma do fado e uma oportunidade de celebrar a língua e a cultura portuguesa, em diálogo com o nosso património musical e afetivo”.
Criado em 2011, em Madrid, o festival já passou por 20 cidades de 14 países na Europa, Ásia, África e América Latina, promovendo a música, a língua e os artistas portugueses em escala internacional.
A jovem fadista Teresinha Landeiro será o destaque da noite de abertura, em 11 de setembro, às 19h. Ela apresenta o seu mais recente álbum, Para dançar e para chorar, que reúne colaborações com António Zambujo e o brasileiro Jota.pê. Com carreira sólida apesar da juventude, Teresinha afirma-se no fado contemporâneo como intérprete e compositora, fundindo a tradição do gênero com elementos do pop e do folclore. Já se apresentou em palcos como o Centro Cultural de Belém, a Casa da Música e diversos festivais na América Latina e na Espanha.
A programação inclui também a exibição do documentário Movimentos Perpétuos, de Edgar Pêra, no dia 12 de setembro, às 19h, na Embaixada de Portugal em Cabo Verde. No encerramento, em 13 de setembro, o guitarrista Bernardo Couto conduz um concerto-conferência no mesmo local e horário.
O festival conta com o apoio da Presidência da República de Portugal, do Camões Instituto da Cooperação e da Língua, do Ministério da Cultura de Portugal, da Embaixada de Portugal em Cabo Verde, da Câmara Municipal de Lisboa, do Museu do Fado e do Ministério da Cultura e das Indústrias Criativas de Cabo Verde.
O centenário de Carlos Paredes é resultado da parceria entre o Ministério da Cultura de Portugal, a Câmara Municipal de Lisboa e o Museu do Fado.
Ígor Lopes
