Brasil: Novas regras sanitárias da UE levam o agronegócio a mudanças estruturais

Para o especialista em Direito do Agronegócio, exigências sanitárias “transformaram o cumprimento de normas em ferramenta de gestão económica”

O especialista em Direito do Agronegócio, André Aidar, afirma que as regras sanitárias deixaram de ser simples normas técnicas e passaram a moldar preços, contratos e acesso a mercados.

As exigências sanitárias da União Europeia transformaram o compliance do agronegócio brasileiro em cláusula económica. Com as negociações entre Brasil e UE em andamento, temas como custo de crédito, exportação e meio ambiente ganham nova dimensão contratual.

O especialista em Direito do Agronegócio, André Aidar, diz que o compliance sanitário muda o papel das empresas do agro e da “estruturação preventiva dos contratos”. Para ele, o compliance passou a funcionar como ferramenta de gestão económica.

O advogado ressaltou que tanto o Estado quanto o setor privado devem criar “mecanismos de cooperação técnica e financiamento compartilhado”, senão enfrentarão riscos, como a “exclusão produtiva, em que apenas grandes grupos consigam atender plenamente aos padrões exigidos por mercados como o europeu”.

“As regras sanitárias não são mais simples normas técnicas: elas moldam preços, contratos, competitividade e acesso a mercados. A fronteira entre o jurídico e o económico está se a tornar cada vez mais tênue — e é justamente nessa intersecção que o agronegócio brasileiro vai definir sua competitividade global”, concluiu o advogado.

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