Cabo Verde está entre os países que alcançaram os primeiros marcos definidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para a Estratégia pelo Fim da Tuberculose, segundo o Relatório Global da Tuberculose 2025, publicado esta quarta-feira. O país atingiu já em 2020 as metas de redução de 20% na incidência e 35% na mortalidade da doença em relação aos níveis de 2015, integrando um restrito grupo de 27 nações da Região Africana da OMS com este desempenho.
De acordo com o Governo cabo-verdiano, estes resultados refletem uma resposta nacional fortemente sustentada pelo Orçamento Geral do Estado, que cobre salários, infraestruturas, medicamentos e reagentes, complementado por apoio técnico e financeiro de parceiros como a OMS e o Fundo Global. A rede descentralizada de serviços de saúde, incluindo tratamento supervisionado e gratuito, tem sido apontada como um dos pilares essenciais deste progresso.
Embora a tuberculose continue a ser uma das dez principais causas de morte no mundo, o relatório indica uma tendência de recuperação global após os impactos negativos da pandemia de COVID-19. A Região Africana destacou-se particularmente, alcançando reduções de 28% na incidência e 46% na mortalidade entre 2015 e 2024. Apesar dos avanços, a OMS alerta que mudanças no financiamento internacional podem comprometer o ritmo atual de progresso.
O relatório de 2025, baseado em dados recolhidos junto de 184 países, fornece a avaliação mais atualizada da epidemia e das respostas de diagnóstico, prevenção e tratamento. No caso de Cabo Verde, os resultados são apresentados como uma história de sucesso regional, reforçando o compromisso do país no cumprimento das metas globais de eliminação da tuberculose até 2030.