As polícias Civil e Militar do Estado do Rio de Janeiro, Brasil, realizaram no último dia 12/02 operações simultâneas na Zona Norte da cidade do Rio, com ações no complexo de comunidades de Cordovil, Parada de Lucas, Vigário Geral e Acari. Durante as operações, batizadas de “Operação Torniquete”, a Polícia Civil prendeu um criminoso e interditou dois galpões utilizados para o transporte de cargas roubadas.
As operações foram possíveis devido ao setor de inteligência das polícias identificarem a “movimentação de criminosos na região de Parada de Lucas com o objetivo de invadir a comunidade do Quitungo, em Brás de Pina, área dominada por outra facção criminosa”.
Em comunicado, as autoridades frisaram que o “setor de inteligência da Polícia Civil identificou que o objetivo da tentativa de invasão era explorar o enfraquecimento momentâneo da comunidade do Quitungo, causado justamente pela operação que era realizada no local”.
Por questões de segurança, a Avenida Brasil e a Linha Vermelha, importantes artérias no Rio, foram temporariamente interditas após criminosos atearem fogo em barricadas e dispararem tiros em direção às vias expressas.
O governador do Rio, Cláudio Castro, ressaltou o uso da “força máxima”, da “tecnologia e inteligência para continuar desmantelando essas organizações criminosas. O nosso maior compromisso é defender e proteger a população”.
O secretário de Segurança Pública, Victor dos Santos, destacou o “trabalho preciso das equipas de inteligência da Polícia Civil e da Polícia Militar” e, por isso, a operação evitou “um banho de sangue na região” e “a situação foi contida, garantindo a segurança na área. É bom que todos saibam: não vamos recuar”.
O policiamento na região foi reforçado. O batalhão de Choque está a ocupar a Cidade Alta para evitar a movimentação dos criminosos.
“As informações de inteligência foram confirmadas pela forte resistência encontrada no terreno. Além disso, criminosos realizaram ações em diversas áreas da cidade para tentar desviar o foco da operação, mas a Polícia Militar interveio rapidamente e controlou a situação”, disse o secretário da Polícia Militar, coronel Marcelo Menezes.
O secretário de Polícia Civil, Felipe Curi, relatou que o “crime organizado se fortaleceu de forma significativa nos últimos anos, enquanto a polícia foi submetida a inúmeras restrições impostas pela ADPF 635. Detetamos uma possível invasão e agimos para impedir uma tragédia iminente. O objetivo foi alcançado, já que a ação emergencial era para salvar vidas”.
A operação teve o apoio de agentes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE), do Batalhão de Ações com Cães (BAC), do Batalhão de Polícia de Choque (BPChq), Batalhão de Policiamento em Vias Expressas (BPVE) e do 16° BPM (Olaria). Já a Polícia Civil atuou com agentes da Coordenadoria de Operações Especiais (CORE).
Ígor Lopes