O Brasil fortaleceu as relações com a Malásia durante a visita oficial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Kuala Lumpur, consolidando novos acordos de cooperação em ciência, tecnologia e inovação, especialmente nas áreas de inteligência artificial, semicondutores e transição energética.
A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, destacou que a cooperação em semicondutores se tornou “um eixo central e dinâmico” da parceria entre os dois países. O Brasil enviou oito engenheiros à Malásia para formação avançada em microeletrónica no âmbito do Programa CI Inovador, iniciativa que prepara especialistas para atuar em cadeias globais de tecnologia.
Durante a missão, Luciana Santos participou de reuniões bilaterais com os primeiros-ministros do Vietname e de Singapura, e integrou a agenda da 47ª Cimeira da ASEAN e da 20ª Cimeira do Leste Asiático.
O MCTI também firmou parcerias com instituições malaias como a Mimos, para o desenvolvimento conjunto de tecnologias micro e nanoeletrónicas, em colaboração com o Inpe, o Centro Renato Archer e a Ceitec.
A iniciativa privada brasileira também participa desse esforço, com destaque para o Instituto Eldorado e o Instituto Von Braun, que exportou para a Malásia a plataforma Ship Inventor, ferramenta de design de chips baseada em inteligência artificial.
A ministra sublinhou que a estratégia visa reforçar a soberania tecnológica e científica do Brasil e diversificar a sua base industrial, incluindo pesquisas em Terras Raras, essenciais para semicondutores e tecnologias verdes. Segundo Luciana Santos, a parceria com a Malásia “insere o Brasil de forma mais competitiva nas cadeias globais de inovação e fortalece a cooperação Sul-Sul em tecnologia de ponta”.