Num contexto global de crescente insegurança alimentar e envelhecimento da força de trabalho rural, jovens de países como Moçambique, Brasil e Timor-Leste destacam-se com iniciativas inovadoras e sustentáveis no setor agroalimentar. O mais recente relatório da FAO, divulgado esta quinta-feira, alerta para a diminuição do número de jovens envolvidos na agricultura — de 54% em 2005 para 44% em 2021 — e sublinha a urgência em criar mais oportunidades no setor.
Em Moçambique, um projeto que integra a agricultura no currículo escolar, o Junior Farmer Field, tem incentivado crianças a enveredar por carreiras na agropecuária. Já no Brasil, jovens empreendedores da Elixir Foods têm transformado resíduos do cacau em adoçantes naturais, utilizando energia solar e sensores digitais — uma abordagem inovadora baseada na economia circular.
Timor-Leste é destacado pelo elevado número de jovens com posse de terras — mais de 75% das mulheres e 85% dos homens — e pelo envolvimento ativo da juventude indígena na proteção de práticas de pesca tradicionais e sustentáveis.
A FAO defende que os jovens devem ser capacitados e apoiados com acesso à terra, crédito e tecnologia digital, para liderarem a transformação dos sistemas agroalimentares em direção a um futuro mais sustentável.
 
								