Portugal integra o grupo de oito Estados-membros da União Europeia que terão de abandonar as importações de gás natural russo até 1 de janeiro de 2027, caso o 19.º pacote de sanções da Comissão Europeia seja aprovado.
O plano foi anunciado esta sexta-feira pela presidente da Comissão, Ursula von der Leyen, que sublinhou ser “altura de fechar a torneira” ao gás russo. A medida abrange tanto o gás transportado por navio, na forma de gás natural liquefeito (GNL), como o fornecido através do gasoduto TurkStream, que ainda abastece países como Grécia, Eslováquia e Hungria.
Segundo a comissária europeia para a Energia, Anna-Kaisa Itkonen, além de Portugal, continuam a importar gás russo a Bélgica, Países Baixos, França e Espanha.
O objetivo é acelerar a redução da dependência energética e cortar receitas que ainda chegam a Moscovo através da exportação de energia.
O pacote de sanções prevê ainda novas medidas para combater a evasão através de países terceiros e reforçar os mecanismos de controlo sobre criptomoedas.
A proposta surge no contexto da guerra na Ucrânia, iniciada a 24 de fevereiro de 2022, e integra a estratégia europeia de endurecer as restrições contra a Rússia, reduzindo as suas fontes de financiamento.