O Primeiro-Ministro, São-tomense, Patrice Trovoada, referiu na passada terça-feira que “a relação com Portugal está boa” apesar de algumas dúvidas criadas face ao acordo militar assinado em Abril último entre São Tomé e Príncipe e a Rússia.
Essas afirmações foram proferidas pelo chefe do Governo quando no final da mesa redonda de parceiros e doadores, em presença de uma delegação da Comissão de Consolidação da Paz das Nações Unidas, que visava angariar fundos para a reforma da justiça e da segurança.
Trovoada afirmou ainda que “eu acho que estamos todos tranquilos e tranquilizados, há um novo governo em Portugal, é preciso nos frequentarmos e é o que vamos tentar fazer nas próximas semanas”.
Sobre a mesa redonda, o Primeiro-Ministro afirmou que além da disponibilidade manifestada pelas Nações Unidas de “apoiarem com 2,5 milhões de dólares”, o país precisa de pouco mais de 5 milhões de dólares para realização do projeto da Reforma da Justiça e Segurança.
“Estamos a falar de 2,5 milhões de dólares, mas o país precisa de muito apoio nesses sectores, não é só aspectos ligados à legislação, à formação, mas aspectos também ligados aos equipamentos, às infraestruturas, etc”.
“Todas essas coisas estão contabilizadas, mas é evidente mobilizar mais recursos, não se sabe, mas, eu diria talvez, mais de cinco milhões de dólares no total”, concluiu.
Para o primeiro-ministro o fundamental é que “a justiça funciona para evitar determinada situação que tem a ver com a reacção ou repressão”.
“É preciso também ver o sector da segurança, da polícia e da defesa nacional que seja também objecto de reforma, reforma também em termos de textos, reforma em termos de formação, reforma em termos de equipamentos”, referiu o Primeiro-Ministro.
Patrice Trovoada espera que, realizada a mesa redonda, os parceiros consultem os seus países, apresentem “as nossas necessidades e depois veremos qual engajamento podemos ter nos próximos tempos”.