China assina acordo de comércio livre com a ASEAN como alternativa ao protecionismo dos EUA

A China e a Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) assinaram um novo pacto de comércio livre que amplia o acordo existente entre as partes, criando um mercado conjunto de mais de 2 mil milhões de pessoas e reduzindo tarifas sobre bens e serviços.

O primeiro-ministro chinês Li Qiang, durante a Cimeira ASEAN-China em Kuala Lumpur, afirmou que a cooperação económica é uma resposta às “políticas protecionistas e unilaterais” dos Estados Unidos, defendendo o reforço dos laços regionais como caminho para a estabilidade e o crescimento.

A Zona de Comércio Livre ASEAN-China 3.0, a terceira revisão do acordo de 2002, pretende aprofundar a integração em novas áreas, como o comércio digital, economia verde, sustentabilidade e apoio às pequenas e médias empresas. O comércio bilateral entre as duas partes passou de 235 mil milhões de dólares em 2010 para quase 1 bilião em 2024.

Li destacou a “confiança mútua” entre a China e os 11 países da ASEAN, incluindo Timor-Leste, afirmando que o pacto é uma alternativa concreta ao confronto comercial global. Analistas consideram que o acordo reforça a influência económica de Pequim na região e marca uma resposta coletiva à crescente rivalidade com Washington.

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