Celebrou-se este sábado (25) o Dia da África, completando 62 anos da fundação da Organização da União Africana em Adis Abeba, Etiópia, sob o lema “Justiça para os africanos e afrodescendentes através de reparações”.
A propósito da data, o presidente do Parlamento Pan-Africano (PAP), Fortune Charumbira, uma das vozes de África, defende que deve haver justiça ao avaliar a escravatura, o racismo e a marginalização económica sistemática no passado.
Na mesma senda, Fortune Charumbira advoga que os africanos devem trilhar o caminho definido pelos líderes fundadores no que concerne à soberania, dignidade e progresso coletivo.
“Eles acenderam a tocha do pan-africanismo, uma chama que continua a guiar o nosso caminho rumo à soberania, à dignidade e ao progresso coletivo. Este ano, sob o tema da União Africana para 2025, ‘Justiça para os africanos e afrodescendentes através de reparações’, somos chamados não apenas a recordar o nosso passado, mas também a moldar ativamente o nosso futuro. Este tema remete a séculos de injustiça da escravatura, da dominação colonial, do racismo sistémico e da marginalização económica que há muito minam o potencial dos povos africanos, tanto no continente como em todo o mundo. Como Parlamento Pan-Africano, mantemo-nos firmes no nosso compromisso com esta causa.”
Acima de tudo, defende Charumbira, há necessidade de reconhecer os crimes históricos e responsabilizar aqueles que se beneficiaram deles, garantindo uma reparação que restaure a dignidade dos africanos.
No seu discurso a partir da sede do Parlamento Pan-Africano na África do Sul, o presidente daquele órgão aponta que é necessário que o mundo reconheça o legado da exploração aos africanos e se junte à África na construção de um futuro baseado na equidade, respeito e justiça.
Várias atividades entre colóquios, debates e atividades recreativas foram realizadas em diferentes países africanos para celebrar a passagem do Dia de África.
 
								