Os Estados Unidos podem vir a proibir a importação e venda dos drones da fabricante chinesa DJI, líder mundial no setor, após uma votação unânime da Comissão Federal de Comunicações (FCC). A medida visa “proteger as redes de comunicação do país contra dispositivos considerados um risco inaceitável à segurança nacional”.
A decisão não implica ainda uma proibição imediata, mas abre caminho para que produtos que utilizem tecnologia de radiofrequência da DJI sejam incluídos na lista de restrições da FCC, à semelhança do que já aconteceu com a Huawei. Também os routers da marca TP-Link estão sob análise.
O governo norte-americano solicitou uma auditoria à DJI até ao final de 2025. Caso esta não se concretize, a empresa poderá ser automaticamente incluída na lista de proibições prevista na Lei de Autorização de Defesa Nacional.
Em declarações à CNET, o diretor de política global da DJI, Adam Welsh, afirmou que a empresa “está disponível para uma auditoria”, mas lamentou que “dez meses tenham passado sem qualquer sinal de avanço”. Sublinhou ainda que qualquer decisão deveria basear-se em “processos transparentes e provas concretas, e não em suspeitas políticas”.
A DJI é responsável por mais de 70% das vendas globais de drones civis, incluindo no mercado norte-americano, e a sua eventual exclusão poderia ter forte impacto na indústria de filmagem, agricultura e segurança pública.