A economia chinesa registou um crescimento anual de 5,2% no segundo trimestre de 2025, superando ligeiramente a meta oficial de 5%, apesar do impacto da crescente guerra comercial com os Estados Unidos. Em termos trimestrais, a expansão foi de 1,1%.
O principal motor do crescimento foi o aumento das exportações, que subiram 5,8% em junho, impulsionadas por um alívio temporário nas tarifas aplicadas pelos EUA.
No entanto, o consumo interno continua frágil: os preços ao consumidor caíram 0,1% no primeiro semestre, refletindo uma procura interna estagnada.
Alguns analistas, como Zichun Huang da Capital Economics, alertam que o crescimento real poderá ser inferior ao divulgado, apontando para sinais de abrandamento no investimento e no consumo.
A consultora estima um crescimento efetivo próximo dos 3,5% para o ano.
O governo chinês mantém a meta de crescimento anual nos 5%, mas enfrenta riscos acrescidos se não houver acordo com os EUA até 12 de agosto. Caso contrário, Washington poderá reintroduzir tarifas que podem chegar aos 245%, colocando em causa a recuperação das exportações.