Agência europeia alerta para aumento de infeções por RSV e recomenda intensificação da imunização de recém-nascidos e grávidas.
O Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC) emitiu esta quinta-feira um alerta e recomendações científicas rápidas destinadas aos decisores políticos e autoridades de saúde pública europeias para mitigar o impacto do vírus sincicial respiratório (RSV) entre recém-nascidos e lactentes durante a época de inverno 2025/2026.
O ECDC sublinha que os bebés com menos de seis meses estão em maior risco de desenvolver formas graves da doença, que podem causar bronquiolite, pneumonia e, em casos extremos, sépsis, exigindo hospitalização ou cuidados intensivos. Estima-se que cerca de 250 mil crianças com menos de cinco anos sejam hospitalizadas todos os anos na Europa devido a infeção por RSV — e um terço destes casos ocorre nos primeiros meses de vida.
O ECDC recorda que desde 2022 estão disponíveis na União Europeia opções seguras e eficazes de imunização, incluindo anticorpos monoclonais de longa duração administrados a recém-nascidos e vacinas maternas para grávidas, que conferem proteção ao bebé nos primeiros meses de vida. Atualmente, 23 países da UE/EEE recomendam imunização com anticorpos monoclonais, dos quais 19 têm programas financiados. Três países — Polónia, Roménia e Eslovénia — optaram apenas pela vacinação materna, enquanto Bélgica, Chipre, França, Grécia e Luxemburgo oferecem as duas alternativas.
O ECDC continuará a avaliar a eficácia das estratégias de imunização e a apoiar os Estados-Membros no reforço da vigilância epidemiológica e dos programas de vacinação para reduzir o impacto do RSV entre os mais pequenos.