A União Europeia registou uma queda de 20% nas travessias irregulares das suas fronteiras externas durante o primeiro semestre de 2025, num total de cerca de 75.900 deteções, segundo dados preliminares divulgados pela Frontex. A descida foi particularmente notável nas rotas dos Balcãs Ocidentais, da África Ocidental e das fronteiras terrestres orientais.
Apesar da tendência de descida, a rota do Mediterrâneo Central manteve-se como a mais ativa, representando 39% das entradas irregulares, com mais de 29.000 migrantes, maioritariamente provenientes da Líbia. A pressão também cresceu no Mediterrâneo Ocidental, com um aumento de 19% nas chegadas, sendo a Argélia o principal país de origem.
No Mediterrâneo Oriental, as entradas diminuíram quase um quarto, mas surgiu um novo corredor entre a Líbia e Creta, agora dominante nesta rota. Já a rota da África Ocidental registou um recuo de mais de 40%, fruto da cooperação reforçada entre países de origem e Estados-Membros da UE.
Ainda assim, o fenómeno migratório continua a causar preocupações humanitárias: mais de 760 pessoas perderam a vida no Mediterrâneo nos primeiros seis meses do ano. No Canal da Mancha, as tentativas de travessia para o Reino Unido aumentaram 23%, sinal de que redes de contrabando continuam a adaptar-se rapidamente e a explorar rotas alternativas.