Cientistas da Universidade Monash, na Austrália, desenvolveram uma plataforma de Inteligência Artificial (IA) capaz de projetar proteínas biológicas em questão de segundos — um avanço que promete revolucionar o tratamento de doenças como infecções resistentes a antibióticos e cancro. A equipa, formada por biólogos e cientistas da computação, criou uma proteína capaz de matar bactérias como a E. coli, usando IA para um processo que antes levava anos.
O estudo, publicado na revista Nature Communications, marca a entrada da Austrália na corrida global pelo design de proteínas geradas por IA, ao lado de países como EUA e China. A nova plataforma australiana se inspira no trabalho do Nobel de Química David Baker e permite criar moléculas personalizadas com alto grau de precisão, com potencial para uso como fármacos, vacinas, enzimas e até sensores.
Segundo os líderes da pesquisa, Dr. Rhys Grinter e o professor associado Gavin Knott, o diferencial está na capacidade de projetar proteínas de novo, ou seja, do zero, sem depender de proteínas naturais adaptadas. Isso representa uma mudança de paradigma no desenvolvimento de tratamentos médicos, tornando-os mais rápidos, baratos e acessíveis. O projeto também prioriza a democratização do acesso às ferramentas, disponibilizando-as a cientistas de todo o mundo.
 
								