Na Tanzânia, o futuro climático não será decidido em salas de reuniões, mas sim por jovens e mulheres que estão a transformar as suas comunidades. Com 77% da população com menos de 35 anos, a juventude representa a maioria, mas continua muitas vezes excluída das estruturas formais de decisão. O país é altamente vulnerável às alterações climáticas, enfrentando secas e cheias frequentes que ameaçam a agricultura e a segurança alimentar.
Organizações como a Environmental Conservation Community of Tanzania (ECCT), Climate Hub Tanzania e YAWE estão a capacitar jovens e mulheres através de formação, desenvolvimento de competências e iniciativas locais. Programas como o EcoWear, da ECCT, transformam resíduos têxteis em moda sustentável, enquanto a Climate Hub integra conhecimentos tradicionais com conservação ambiental e políticas públicas. A YAWE foca-se na literacia ambiental e empreendedora, promovendo a liderança feminina.
Apesar das barreiras, como o acesso limitado a financiamento, normas sociais restritivas e desigualdade de género, estas iniciativas estão a gerar resultados concretos. Jovens líderes implementam hortas urbanas, gestão de resíduos, técnicas agrícolas adaptadas às alterações climáticas e ocupam agora lugares em comités de governação dos recursos naturais, garantindo que as suas vozes sejam ouvidas.
Estes exemplos demonstram que com acesso a conhecimento e recursos, jovens e mulheres são motores de inovação e resiliência climática, mostrando a importância de parcerias de longo prazo e políticas inclusivas para enfrentar os desafios ambientais na Tanzânia.