Reforço das áreas marinhas protegidas marca participação de Portugal na COP 16

Portugal chega à Cimeira da Biodiversidade, em Roma, com a notícia do aumento de 4,5% para 19,1% das áreas marinhas protegidas, graças ao contributo da nova Rede de Áreas Marinhas Protegidas dos Açores; Ao nível das áreas terrestres, o País já supera o objetivo da proteção de 30% do território (atualmente 36% sob proteção) mas mantém elevadas ambições, que incluem a plantação de cinco milhões de árvores por ano;

Ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, lidera a comitiva portuguesa na COP16.

O aumento exponencial das áreas marinhas protegidas, dos 4,5% para os 19,1%, graças à nova Rede de Áreas Marinhas Protegidas dos Açores, que será a maior do Atlântico Norte, é o principal cartão de visita de Portugal na sua participação na Cimeira da Biodiversidade das Nações Unidas – COP16.2 -, que decorre em Roma, Itália, entre os dias 25 e 27 de fevereiro.

Na bagagem, a comitiva portuguesa leva ainda o registo de 36% das suas áreas terrestres sob medidas de proteção e conservação, acima dos compromissos assumidos internacionalmente nesta matéria. Um registo que, segundo a ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, não retira responsabilidade nem ambição ao país.

“Estamos claramente na trajetória certa para cumprir a meta 30 x 30, no sentido de ter sob proteção 30% de área terrestre e 30% de área marinha até 2030, o que muito nos orgulha”, assume a governante, que lidera a comitiva portuguesa na capital de Itália. “Estamos particularmente satisfeitos por chegarmos a esta Conferências das Nações Unidas com a notícia da criação da criação da Rede de Áreas Marinhas Protegidas dos Açores, que será possível graças à adoção de medidas de compensação que serão financiadas integralmente com verbas nacionais, provenientes do Fundo Ambiental. Mas chegamos também conscientes dos desafios que ainda temos pela frente e com uma agenda ambiciosa para os superar”.

Um dos novos objetivos que o país irá agora assumir é a plantação de cinco milhões de árvores por ano, em linha com os objetivos do Regulamento de Restauro da Natureza, da União Europeia, que aponta para a necessidade de serem plantados três mil milhões de árvores no território europeu. “Cinco milhões de árvores representam um esforço muito grande, mas este é um valor que assumimos como um apelo a todos os portugueses, desde as autoridades nacionais e locais às empresas e aos cidadãos”, explica Maria da Graça Carvalho.

Em Roma, Portugal fará ainda um ponto de situação de diversas iniciativas estruturantes, tais como o Plano Nacional do Restauro da Natureza, que se encontra em elaboração e o novo ciclo do modelo de cogestão de áreas protegidas. Os esforços nacionais de conservação de espécies emblemáticas, como o lince-ibérico e o lobo- ibérico, serão também temas em destaque.

gov.pt

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